
Ontem, 2 de abril, foi celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, uma data estabelecida pela ONU para promover a inclusão, o respeito e o acesso à informação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). No entanto, a conscientização não deve se restringir a um único dia: é um compromisso contínuo de toda a sociedade.
O TEA afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e se manifesta de diferentes formas, impactando a comunicação, a interação social e o comportamento. Como cada indivíduo dentro do espectro é único, o acesso a um diagnóstico precoce e o suporte adequado fazem todas a diferença para o desenvolvimento e a qualidade de vida dessas pessoas.
Ainda hoje, a desinformação e os estigmas são grandes desafios para a inclusão de autistas na sociedade. No ambiente escolar, profissional e em espaços públicos, é essencial criar ambientes acessíveis e promover o respeito às diferenças. Pequenos gestos, como aprender sobre o assunto, evitar julgamentos e apoiar famílias autistas, são passos fundamentais para construir um mundo mais inclusivo.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, houve aumento na prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA). No ano de 2004, a prevalência era de 1 em cada 166 crianças. Já em 2020, saltou de 1 em cada 36. Aqui no Brasil, que possui 2 milhões de autistas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Censo Escolar contabilizou um aumento de 48% no número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e particulares entre 2022 e 2023. No ano passado, foram 636 mil, e no ano retrasado, 429 mil.
Para as famílias em Fortaleza que buscam apoio e serviços especializados para pessoas com autismo, existem diversas instituições que oferecem atendimento e suporte, tais como:
- Núcleo Municipal de Atenção à Criança e Adolescente com Transtorno do Espectro Autista (NUTEA): Destinado a crianças e adolescentes menores de 18 anos, oferece terapias de estimulação sensorial e de aprendizado. O acesso é feito por encaminhamento dos postos de saúde.
- Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (CIADI): Atende crianças de 2 a 12 anos e adolescentes até 16 anos com TEA, além de crianças de 2 a 7 anos com Síndrome de Down, oferecendo atendimento especializado e promovendo a inclusão.
- Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM): Oferece acompanhamento multiprofissional para crianças, adolescentes e adultos com autismo, sendo pioneiro no atendimento a adultos autistas no estado do Ceará.
Mesmo que a data oficial tenha passado, o compromisso com a conscientização e a informação precisa continuar. Cada dia é uma nova oportunidade para aprender, respeitar e promover mudanças positivas. Afinal, a inclusão não tem data marcada para acontecer.